Lilia Moema

Lília Moema Santana

Natural de Teresina/PI. Lilia é residente em Fortaleza desde 1977, onde construiu sua carreira no audiovisual. Graduada em Direito na Universidade de Fortaleza. Dramaturga pelo Instituto Dragão do Mar. Iniciou suas atividades artísticas nas artes plásticas de rua com o Grupo Interferência, nos anos 80. Nos anos 90 se dedicou inteiramente ao audiovisual. É uma das poucas mulheres de sua geração a conquistar lugar de destaque como Realizadora de Audiovisual, Diretora, Diretora de Fotografia. É proprietária da Cabeça de Cuia Filmes, produtora de conteúdos de audiovisual voltado para realização de vídeos institucionais, documentários e web Tv.

Ao longo de sua carreira, teve trabalhos reconhecidos pela crítica e público. O cinema, na sua visão, significa um desafio, um aprendizado, uma nova possibilidade. Assina roteiro, direção, direção de fotografia, montagem e co-produção de vários curtas de ficção e documentários. Conto logo o quanto louco, 1992. Minimuseu Firmeza, a arte do Mondubim, 1996. O Alvo, 1994. Cebola Cortada, 1996. Imaginários, 2001. Programa Visualidades – que teve veiculação na TV Ceará (2006 a 2007). A Última Palavra (2011). Patrimônio Para Todos (Ed. 2011/2012); O Sentido das águas, SESC (2012); Um dia que corre (2012); Vestido Encarnado (2018); O quarto escuro da mente (2019/ficção/longa metragem); O Dom Diniz (2019/documentário/longa-metragem). Mato Alto, pedra por pedra, 2011. Realizou ‘Mãe de Santo, teu nome é Zimá’, 2013, longa documentário/ficção.

Em 2019 finaliza ‘Se arrependimento matasse’, primeiro longa de ficção, com aporte do Edital Prodecine 01/2015. Produção, still e making off, curta Quitéria de Márcio Câmara, 2015. Prêmios de Melhor Fotografia no Fest.Cine Maracanaú/CE, 2011. Menção honrosa no Festival de Sta. Maria Vídeo e Cinema/RS, 2002. Melhor documentário no Festival ELEKTROZINE, Ibiza/ESPANHA, 2001. Melhor vídeo-ficção no Festival de Vídeo de Teresina/PI, 2000. Menção Honrosa no VI Video Mostra Fortaleza, 1996. Troféu Samburá de Melhor Vídeo, pela Fundação Demócrito Rocha no III Festival Vídeo Mostra Fortaleza/CE, 1993. Melhor Direção no II Festival Nacional de Vitória/ES, 1992.

Se arrependimento matasse, é um filme feminino, escrito, dirigido e protagonizado por mulheres. Se desenvolve a partir do encontro de quatro mulheres, Adelaide, Glória, Isabel Cristina e Duda na antessala de um hospital. Acredito que esse filme desperte o interesse do público porque, apesar do inusitado encontro dessas mulheres com uma forte experiência em comum, das coincidências que as interligam, a história traz os dramas pessoais desses personagens com dilemas do cotidiano do universo feminino: amor, desamor, abandono, traição, e de como essas personagens lidam com esses sentimentos. Isso, com certeza gera uma empatia do público.

O filme tem um viés espiritualista, tratamos de vida após a morte e quando falamos devida após morte, abrimos uma porta para o nosso imaginário, ou seja, trazemos para nossa realidade uma realidade paralela, criamos uma empatia que abre a possibilidades de se pensar a vida, na vida após morte. O suicídio é posto como um elemento importante, um dado forte na trama, que é a impossibilidade dos personagens de darem conta das dores de suas existências. Porém, não há nesse trabalho nenhum juízo de valor, cunho doutrinário ou qualquer forma de julgamento. É meu filme de estreia.